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ANTIBIOGRAMA

  • Foto do escritor: Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
    Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
  • 3 de out. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 18 de jun. de 2023

Paciente

  • Amostra

Saliva, sangue, urina, fezes, tecidos ou materiais de expectoração.


  • Preparo pré-coleta

Nenhum.


  • Interpretação básica com valores de referência

  • Antibiograma por difusão em discos (Método Qualitativo)

Através da medição do tamanho do halo de inibição obtido (em mm) é possível expressar se o microrganismo é sensível, resistente ou possui sensibilidade intermediária para determinados antibióticos. Utilizam-se tabelas padronizadas e disponibilizadas por comitês, como o CLSI (Clinical Laboratory Standard Institute) para comparação dos resultados. Além do CSI, também tem o EUCAST (Comitê da Europa) e o COESANT (Comitê Espanhol).

  • Antibiograma por diluição em tubos (Método Quantitativo)

Por meio dessa técnica é possível obter a concentração mínima inibitória que deve ser usada de cada antibiótico para inibição de determinados microrganismos. Também existem tabelas padronizadas e disponibilizadas por órgãos específicos, como o CLSI (Clinical Laboratory Standard Institute) para comparação dos resultados, que também nos informa se o microrganismo é sensível, resistente ou possui sensibilidade intermediária à determinados antibióticos.


Profissional de Saúde

  • Técnicas utilizadas

  • Antibiograma por difusão em discos

  • Antibiograma por diluição em tubos

  • Antibiograma Automatizado


  • Interferentes

Nenhum.


  • Interpretação rebuscada

O antibiograma é um exame importante que auxilia o médico na hora de indicar o melhor tratamento de infecções microbianas, pois ele permite conhecer o perfil de sensibilidade e resistência dos microrganismos frente a determinados antibióticos. Através desse conhecimento é possível eleger o antibiótico mais adequado para cada enfermidade e evitar falhas terapêuticas.

Em todas as técnicas de antibiograma se realiza primeiro o cultivo da amostra em meio de cultura apropriado, e a escolha do meio de cultura irá depender de quais tipos de microrganismos estamos analisando, se é aeróbico ou anaeróbico. Por sua vez, a escolha de qual técnica utilizar irá depender tanto de quais materiais o analista microbiológico possui, do tempo que ele dispõe e de quão preciso é o resultado que ele quer obter.

No antibiograma por difusão em discos, semeia-se primeiro placas de petri com o inóculo de microrganismo puro, depois, coloca-se sobre elas discos que contenham uma concentração conhecida dos antibióticos. Após um tempo iremos perceber a formação de um halo de inibição ao redor do disco, esse halo é o antibiótico que se difundiu sobre o meio radialmente, formando um gradiente de concentração, onde ele fica mais concentrado nas proximidades do disco e menos concentrado à medida que nos afastamos do disco. O aparecimento desse halo de inibição significa que o antibiótico fez seu efeito e conseguiu inibir o microrganismo. Caso esse halo não apareça ou apareça diminuído, significa que o microrganismo é resistente ao antibiótico analisado.

É um método qualitativo, pois não nos permite predizer qual é a concentração mínima inibitória do antibiótico, ou seja, a menor concentração de antibiótico que é capaz de inibir o crescimento total de um microrganismo em particular.

Apesar disso, é um método que já nos ajuda a predizer se teremos êxito terapêutico ou não. Se o microrganismo for sensível àquele determinado antibiótico, significa que há uma alta probabilidade de êxito terapêutico. Por conseguinte, se o microrganismo for resistente, o antibiótico tem alta probabilidade de fracasso terapêutico. Já se o microrganismo tiver sensibilidade intermediária, significa que o antibiótico tem um efeito terapêutico incerto.

Falando agora do antibiograma por diluição em tubos, essa técnica se baseia na utilização de diferentes concentrações de antibióticos em meio de cultura e na comprovação de crescimento bacteriano nas diferentes concentrações utilizadas. Portanto, é um método quantitativo, que nos permite prever qual é a concentração mínima de antibiótico capaz de inibir determinados microrganismos.

Esse método pode ser feito tanto em meio de cultivo sólido como líquido. Preparam-se diversos tubos com concentrações progressivamente menores de antibióticos, em seguida faz-se a inoculação dos microrganismos e observa-se seu crescimento. O tubo que o microrganismo não conseguir se multiplicar vai estar límpido e conterá a concentração mínima inibitória daquele determinado antibiótico, ou seja, a menor concentração de antimicrobiano capaz de inibir o crescimento microbiano. A desvantagem dessa técnica é que só é possível analisar um antibiótico por vez, ao contrário do antibiograma por difusão em discos, que nos permite avaliar vários.


Referências bibliográficas

KONEWAN, E. W. et al. Diagnóstico Microbiológico - Texto e Atlas. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

MCPHERSON, R. A. & PINCUS, M. R. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 21. ed. Barueri, SP: Manole, 2012.

OSANTE, N. P. & RUIZ, E. R. Microbiologia Clínica. 1. ed. Madrid: Paraninfo, 2018.

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