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HEMATÓCRITO

  • Foto do escritor: Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
    Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
  • 4 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 21 de mai. de 2023

Informações ao paciente

  • Amostra

Sangue Total (EDTA).


  • Preparo pré-coleta

Jejum de 3 - 4 horas. Dependendo do contexto clínico, o jejum pode ser desconsiderado.


  • Interpretação básica com valores de referência

Obs: Em pessoas negras, o hematócrito é 2% inferior



Informações ao profissional de saúde

  • Técnicas utilizadas

Citometria de fluxo, Análise em contadores eletrônicos de partículas ou método do tubo capilar (microhematócrito).


  • Interferentes

Medicações podem alterar a produção sanguínea, transfusões de sangue, hemorragias crônicas ou agudas, doenças hematológicas, doenças sistêmicas que podem cronicamente alterar a hematopoiese ou destruição celular, etc.

Também podem ocorrer interferências durante a fase pré-analítica, como: período pré-menstrual, uso de bebidas alcoólicas, tabaco, exercícios, problemas na coleta, como período longo de estase, coagulação do sangue, etc.

O hematócrito também pode ser afetado por interferentes como icterícia (aumento dos níveis de bilirrubina no sangue), lipemia (presença de lipídios em quantidade anormal no sangue) e hipoproteinemia (baixos níveis de proteínas no sangue), que podem alterar a viscosidade do plasma e influenciar nos resultados do hematócrito.


  • Interpretação rebuscada

O hematócrito tem como objetivo avaliar o percentual que hemácias ou eritrócitos (células vermelhas) ocupam no sangue total. O resultado é expresso em porcentagem, sendo um procedimento bastante simples, barato, de fácil reprodutibilidade e com resultados bastante fiéis. É um exame muito importante para investigação de algumas situações que comprometem a saúde humana, pois ele é proporcional à quantidade de hemoglobina no sangue. Ele sozinho não permite o diagnóstico preciso, mas junto com os demais índices hematimétricos permite a avaliação da causa da anemia, desidratação ou perda sanguínea.

O hematócrito pode estar aumentado nos casos de desidratação, compensação da medula óssea, dengue, baixos índices de oxigênio no sangue, doença pulmonar, doença cardíaca congênita, na eritrocitose (que é o aumento anormal de células vermelhas no sangue) e na policitemia (que é caracterizada pelo excesso de células vermelhas no sangue). O hematócrito pode estar reduzido nos casos de anemias carenciais, sangramentos, excesso de hidratação, desnutrição e leucemias.

Comparando as duas formas de fazer a dosagem de hematócrito, a manual e a automatizada. A automatizada, usando os contadores eletrônicos de partículas, é mais confiável do que a feita manualmente pelo microhematócrito. Isso porque a centrifugação do sangue, por melhor que seja executada, sempre deixa plasma retido na coluna de eritrócitos, falseando o resultado para cima. Essa diferença pode ser de 1 a 3%.

O microhematócrito sempre foi muito reprodutível, porém bastante inexato. Essa retenção de plasma é ainda maior quando há microcitose, hemoglobinas anormais (com eritrócitos rígidos e deformados) e poliglobulia.

É importante ressaltar que a interpretação dos resultados do hematócrito deve ser feita em conjunto com outras informações clínicas e exames complementares, a fim de obter um diagnóstico preciso e adequado. Outros exames, como a dosagem de hemoglobina, contagem de células sanguíneas e índices hematimétricos, devem ser considerados para uma análise completa do quadro hematológico do paciente.



Referências bibliográficas

FAILACE, R.; FERNANDES, F. Hemograma: Manual de interpretação. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.


SILVA, P. H. da et al. Hematologia Laboratorial: Teoria a procedimentos. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.




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