VDRL
- Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
- 3 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de jun. de 2023
Paciente
Amostra
Soro ou plasma colhido em EDTA
Preparo pré-coleta
Jejum de 8h.
Interpretação básica com valores de referência
O VDRL é utilizado para diagnóstico e acompanhamento da sífilis. É necessário ter cautela com resultados positivos, visto que, resultados falso-positivos podem existir.
Além disso, o diagnóstico da sífilis é realizado de acordo com fluxogramas preconizados pelo ministério da saúde que associam testes não treponêmicos (como o VDRL) e testes treponêmicos.
Positivo: Título igual ou superior a 1/16
Títulos inferiores são considerados falso-positivos quando os testes treponêmicos (que utilizam o T. pallidum, causador da sífilis) forem negativos.
Profissional de Saúde
Técnicas utilizadas
VDRL é um teste não treponêmico que apresenta uma técnica rápida de microfloculação na qual utiliza antígenos extraídos de tecidos como a cardiolipina, um lípide derivado do coração de bovinos. A cardiolipina, quando combinada com lecitina e colesterol, forma sorologicamente um antígeno ativo, capaz de detectar anticorpos humorais presentes no soro durante a infecção sifilítica.
Interferentes
Amostras hemolisadas, lipêmicas ou com sinais de contaminação microbiana ou química.
Falsos positivos que podem ocorrer devido doenças autoimunes, hepatite crônica, hanseníase, infecção por HIV, uso de drogas injetáveis, após o infarto, malária, hepatite, varicela, sarampo, gravidez, após imunizações e idade avançada.
Interpretação rebuscada
A titulação dos anticorpos da amostra é realizada por meio de diluições seriadas, sendo o resultado descrito no laudo o valor da última diluição que apresentou reatividade no teste. São consideradas reagentes as amostras que apresentarem reatividade em qualquer diluição, inclusive a amostra pura (1:1). É utilizado o fator 2 de diluição, a última diluição que apresenta reatividade permite determinar o título, ex.: amostra reagente até a diluição 1:16 corresponde ao título 16.
Uma amostra testada com kits de fabricantes diferentes poderá apresentar variação de título em mais ou menos uma diluição, sem ser considerado erro. A variação também pode ocorrer em função do analista, já que o teste é lido a olho nu.
Referências bibliográficas
<Brasil. Ministério da Saúde. Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis. Brasília - Ministério da Saúde, 2016.>
<Nadal, Sidney Roberto e Framil, Valéria Maria de Souza. Interpretação das reações sorológicas para diagnóstico e seguimento pós-terapêutico da sífilis. Revista Brasileira de Coloproctologia [online]. 2007, v. 27, n. 4 [Acessado 19 Março 2022] , pp. 479-482. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0101-98802007000400018>. Epub 29 Fev 2008. ISSN 0101-9880.>
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