top of page

FATOR ANTINUCLEAR - FAN

  • Foto do escritor: Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
    Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
  • 3 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

Paciente

  • Amostra

O exame é realizado através da coleta de uma amostra de sangue, que é enviada para análise laboratorial. Dentre as doenças que podem ser identificadas através da realização do FAN, temos o Lúpus eritematoso sistêmico, psoríase, hipotireoidismo, artrite reumatóide, síndrome de Guillain-Barré e a Síndrome de Sjögren podem ser identificadas através da realização do FAN.


  • Preparo pré-coleta

Jejum de 4h.


  • Interpretação básica com valores de referência

O exame é baseado na identificação dos padrões de fluorescência. Na análise do resultado podemos perceber a presença de autoanticorpos através do padrão nuclear pontilhado grosso, o qual poderá indicar ao médico a presença de uma possível doença auto imune, como o Lúpus Eritematoso Sistêmico.” esclarece Sinara Chioquetta, responsável técnica pelo LabHC.

Anticorpos antinucleares são detectados por imunofluorescência indireta em substratos de células humanas, mais precisamente de células Hep2. Apesar de ser o padrão ouro e apresentar grande sensibilidade ele tem baixa especificidade, por isso quando temos uma reação positiva, independentemente do título, deve ser interpretada com muita cautela, levando em conta a história do paciente, o exame físico, o quadro clínico e outros exames subsidiários para possibilitar o diagnóstico correto.


Os resultados dos exames saem como padrões e os padrões mais frequentes encontrados são: Homogêneo, Pontilhado ( Grosso e Fino), Centromérico, Nucleolar e Citoplasmático. Eles se diferenciam quanto a fluorescência, evidência de autoimunidade, manifestações, dentre outras coisas.


Profissional de Saúde

  • Técnicas utilizadas

Imunofluorescência indireta (IFI)/ELISA indireto em células HEp-2.

  • Interferentes

Hemólise e/ou lipemia intensa. Reações falso-positivas como na artrite reumatóide, esclerodermia, hepatite auto-imune, infecções crônicas, durante uso de vários medicamentos (hidralazina, carbamazepina, hidantoína, procainamida, isoniazida, metildopa, AAS). Além de reações falso-negativas na presença de anticorpos anti-SSA/Ro, anticorpos anti-DNA de fita simples (ss-DNA) e durante o uso de corticóide ou outra terapia imunossupressora.


  • Interpretação rebuscada

Pode estar presente em pacientes que não apresentam evidência de doença auto-imune (títulos abaixo de 1/80). Por isso só deve ser solicitado diante de evidências clínicas.

A informação dada pelo ANA-IFI resulta do reconhecimento de antígenos presentes no núcleo do hepatócito por auto-anticorpos presentes no soro de pacientes. A ligação antígeno/anticorpo revelada por anticorpos contra a gamaglobulina humana marcada com fluorocromo traduz-se na forma de padrões morfológicos ao microscópio que correspondem à distribuição topográfica dos respectivos auto-antígenos.


O Padrão Homogêneo possui o núcleo corado de maneira homogênea. O Padrão Pontilhado Grosso possui pontilhados mais grosseiros que são vistos no núcleo e nesse padrão podemos encontrar anticorpos anti-Sm e anti-RNP que evidenciam quase 100% de autoimunidade. Padrão Pontilhado Fino o padrão nuclear é menos grosseiro e normalmente encontramos nesse padrão os anticorpos anti-Ro e anti-La, que estão presentes em 60% das doenças autoimunes e em 40% dos casos não relacionados com autoimunidade. Padrão Nucleolar onde visualiza-se os nucléolos fluorescentes; suspeita-se da presença de anticorpos Anti-nucléolo e evidência de 80-90% de auto-imunidade. Padrão Centromérico é um padrão associado com a produção de anti-centrômeros presente na Síndrome de CREST que evidencia 70% de autoimunidade quando encontrado.


Referências bibliográficas


PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE. V consenso de autoimunidade. Programa Nacional de Controle de Qualidade, 2015. Disponível em:<https://pncq.org.br/ptsaiu-o-v-consenso-de-autoimunidadeessalio-el-v-consenso-de-autoinmunidad/>. Acesso em: 16 mar. 2022.


HOSPITAL DE CLÍNICAS. Como o exame FAN auxilia no diagnóstico de doenças autoimunes. Hospital de clínicas,2018. Disponível em:<http://www.hcpf.com.br/admin/page/is/noticia/ver/606/como-o-exame-fan-auxilia-no-diagnostico-de-doencas-autoimunes>. Acesso em: 16 mar, 2022.


LABORATÓRIO BERING. Disponível em: <https://www.laboratoriobehring.com.br/pdfs/?id=138>. Acesso em: 16 mar, 2022.

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page