COOMBS DIRETO
- Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
- 3 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 21 de mai. de 2023
Paciente
Amostra
Sangue total coletado em tubo com EDTA.
Preparo pré-coleta
Evitar dieta rica em gorduras antes da coleta.
Interpretação básica com valores de referência
O teste de Coombs Direto é interpretado com base na presença ou ausência de aglutinação ou hemólise das células vermelhas do sangue.
Resultado negativo: Ausência de aglutinação de glóbulos vermelhos. Indica a ausência de anticorpos ou complemento na superfície das células vermelhas do sangue.
Resultado positivo: Aglutinação de glóbulos vermelhos. Indica a presença de anticorpos e/ou complemento na superfície das células vermelhas do sangue, sugerindo a ocorrência de uma reação imunológica.
Profissional de Saúde
Técnicas utilizadas
Aglutinação em gel.
Interferentes
Hemólise acentuada e amostra coagulada.
Interpretação rebuscada
O Coombs Direto ou Teste Direto de Antiglobulina é útil para o diagnóstico de doenças hemolíticas autoimunes, pois ele detecta imunoglobulinas e/ou complementos na superfície das hemácias in vivo do paciente, que aglutinam com a adição de antiglobulina humana.
Portanto, este teste consiste na adição de um reagente poliespecífico com antiglobulina humana (AGH) (anti-IgG e anti-complemento) aos eritrócitos do doente. A reação é positiva se ocorrer uma aglutinação dos glóbulos vermelhos do doente. Posteriormente, adicionam-se reagentes AGH monoespecíficos para detectar individualmente se a reação é positiva com IgG, anti-C3d, IgA, IgM ou C3c.
O DAT é útil na investigação da causa da suspeita de hemólise, que podem ser causadas por anemia hemolítica autoimune, relacionada à transfusão, induzida por drogas, doença hemolítica do feto/recém-nascido (decorrentes de incompatibilidades ABO-Rh), síndrome do linfócito passageiro e DAT-negativo anemia hemolítica.
Reações falso-positivas podem ocorrer por aglutinação espontânea dos glóbulos vermelhos ou com o uso de alguns medicamentos, como penicilinas, cefalosporinas, sulfonamidas, tetraciclina, metildopa e insulina.
Referências bibliográficas
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