INSULINA
- Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
- 3 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de jun. de 2023
Paciente
Amostra
Soro
Preparo pré-coleta
Jejum de 8 horas
Interpretação básica com valores de referência
Indivíduos adultos saudáveis, não obesos, em jejum: 12-150 pmol/L (2 a 25 µUI/mL).
Concentrações de até 1200 pmol/L (200 mUI/mL) foram alcançadas durante um teste de tolerância à glicose.
Valores de insulina em jejum são mais elevados na obesidade e inferiores em atletas treinados.
Profissional de Saúde
Técnicas utilizadas
Imunoensaios e Ensaios de espectrometria de massa de diluição isotópica (EMDI).
Interferentes
Amostras hemolisadas provocam valores falsamente baixos de insulina sérica. Uma enzima degradadora de insulina encontrada nos eritrócitos, bem como nas células de outros tecidos, é responsável por esse problema.
Anticorpos para insulina também provocam interferências nos imunoensaios e, inclusive, há relatos de resultados com níveis falsamente elevados ou diminuídos.
Variações fisiológicas: diminuições durante o sono, ativação pós-prandial e na presença de anticorpos anti-insulina.
Variações patológicas:
Diabetes do tipo I: os níveis basais estão diminuídos. Os níveis de insulina não se elevam nos testes de hiperglicemia V.O.
Diabetes tipo II: o valor de base é sempre normal.
No insulinoma os níveis de insulina se mantêm normais ou um pouco elevados, mesmo na presença de hipoglicemia.
Interpretação rebuscada
A insulina é um hormônio protéico produzido pelas células 𝛃 do pâncreas que reduz as concentrações de glicose sanguínea, pois ela estimula a captação de glicose e a formação de glicogênio, bem como inibe a produção de glicose. A dosagem de insulina é indicada no diagnóstico de insulinomas (raro tumor que surge nas células 𝛃 pancreáticas que hipersecretam insulina, causando um quadro de hipoglicemia em jejum) e no estudo de outras causas de hipoglicemia (diagnóstico diferencial).
O estado doentio se instala quando as concentrações de insulina tornam-se inadequadas diante de determinados níveis sanguíneos de glicose. A deficiência da insulina, seja absoluta ou relativa, conduz ao diabetes melito. Os níveis séricos de insulina e glicose devem ser medidos concomitantemente, uma vez que a secreção de insulina é regulada primariamente pela glicose. Enquanto uma concentração elevada de insulina diante de níveis baixos de glicose sugere secreção ou administração inapropriada do hormônio, é possível detectar aumento dos níveis de insulina em indivíduos resistentes que necessitam secretar mais insulina para manter os níveis sanguíneos de glicose normais.
A secreção excessiva e descontrolada de insulina provoca hipoglicemia. Esse distúrbio é observado na presença de tumores secretores do hormônio, especialmente insulinomas. Em tais circunstâncias, os níveis séricos de glicose do paciente estão diminuídos (< 50 mg/ dL), enquanto os níveis de insulina e pró-insulina encontram-se elevados e há manifestação de sintomas hipoglicêmicos (p. ex., tremores, palpitações, diaforese, confusão).
Referências bibliográficas
BURTIS, C. A.; BRUNS, D. E. Tietz Fundamentos de química clínica e diagnóstico molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
MCPHERSON, R. A. & PINCUS, M. R. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 21. ed. Barueri, SP: Manole, 2012.
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