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VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)

  • Foto do escritor: Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
    Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
  • 4 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 21 de mai. de 2023

Informações ao paciente

  • Amostra

Sangue.


  • Preparo pré-coleta

Nenhum.


  • Interpretação básica com valores de referência

a. Valores de referência:

Faixa etária

Homens

Mulheres

< 50 anos de idade

até 15mm/h

até 20mm/h

> 50 anos de idade

até 20mm/h

até 30mm/h

> 85 anos de idade

até 30mm/h

até 42mm/h

b. Valores de referência para gravidez e presença de anemia:

Idade gestacional

Sem anemia

Com anemia

≤ 20 semanas

até 46mm/h

até 62mm/h

> 20 semanas

até 70mm/h

até 90mm/h


Informações ao profissional de saúde

  • Técnicas utilizadas

Sedimentação.


  • Interferentes

a. Aumento da VHS:

- Inclinação do tubo, levando a separação do plasma e hemácias, aumentando a sedimentação;

- Temperatura ambiente elevada;

- Concentração de anticoagulante maior que a recomendada;

- Medicamentos como contraceptivos orais e heparina;

- Fatores fisiológicos e patológicos como sexo feminino, idade avançada, gravidez, diabetes mellitus, hipotireoidismo, doenças do tecido conjuntivo, processos infecciosos, processos inflamatórios, neoplasias, insuficiência renal crônica (estágio final), obesidade, hipercolesterolemia, dano tecidual, anemia, macrocitose.

b. Diminuição da VHS:

- Diminuição da temperatura ambiente (<20ºC);

- Demora em realizar o teste;

- Medicamentos como antiinflamatórios não hormonais e corticosteróides;

- Fatores fisiológicos e patológicos como: hipofibrinogenemia, hipogamaglobulinemia, coagulação intravascular disseminada (CIVD), drepanocitose, policitemia, microcitose, anemias hemolíticas, hemoglobinopatias, esferocitose, leucocitose extrema (LLC).

É importante ressaltar que resultados normais de VHS não excluem a presença de inflamação, pois algumas condições inflamatórias podem não afetar significativamente a velocidade de sedimentação dos eritrócitos.


  • Interpretação rebuscada

A velocidade de hemossedimentação (VHS) é um teste de laboratório simples e de baixo custo, usado para verificar a existência de marcadores de resposta inflamatória no organismo, em condições como artrite reumatoide, vasculites, infecções bacterianas ou virais e doenças autoimunes. Para isso, a amostra de sangue venoso anticoagulado é colocada em um tubo de vidro graduado, com 200mm de comprimento e 2,5mm de diâmetro interno, sendo o mesmo preenchido até a marca zero. A amostra permanece no tubo na posição vertical por uma hora, onde em seguida é verificada a VHS das hemácias, através da medição da distância do menisco até o topo da coluna de hemácias, sendo expressa em mm/h.

Na sedimentação, os eritrócitos se agregam ao longo de um mesmo eixo e formam rouleaux, entretanto, esse processo é limitado devido a carga negativa dos eritrócitos, que tendem a se repelir. Várias proteínas plasmáticas são carregadas positivamente, sendo capazes de neutralizar a carga negativa da superfície das hemácias, levando a maior agregação e assim, promovendo uma sedimentação mais rápida. Dentre essas proteínas estão as proteínas de fase aguda como a Proteína C-reativa (PCR) e o fibrinogênio, aumentados em resposta à inflamação.

O teste de VHS é inespecífico, pois diversos fatores e condições fisiológicas e patológicas podem alterar seu resultado, sendo assim, o teste fornece apenas informações gerais sobre a presença ou ausência de um estado inflamatório. Em alguns casos, quando há suspeita de uma inflamação aguda, o teste de PCR (Proteína C-reativa) pode ser preferido em relação ao teste de VHS, pois a PCR apresenta uma resposta mais rápida e sensível à inflamação. No entanto, em certas condições crônicas ou de longa duração, o teste de VHS ainda pode ser utilizado como complemento. Resultados maiores que 100mm/h estão associados a infecção, câncer ou doenças inflamatórias do tecido conjuntivo, nesta ordem. Nessas situações, a taxa de falso-positivo é baixa, com especificidade elevada.



Referências bibliográficas

COLLARES, Guilherme Birchal; VIDIGAL, Pedro Guatimosim. Recomendações para o uso da velocidade de hemossedimentação. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 14, n. 1, p. 52-57, jan./mar. 2004. Disponível em: http://rmmg.org/artigo/detalhes/1520. Acesso em: 20 maio 2022.


LAB TESTS ONLINE. VHS. 2019. Disponível em: https://labtestsonline.org.br/tests/vhs. Acesso em: 20 maio 2022.

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