AMILASE
- Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
- 4 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de mai. de 2023
Informações ao paciente
Amostra
Urina, soro ou plasma heparinizado, sendo as amostras de soro as mais utilizadas.
Preparo pré-coleta
Não é exigido nenhuma preparação especial.
Interpretação básica com valores de referência
Valores de referência
Soro (28 a 100 U/L).
Urina (1 a 17 U/L).
Valores aumentados (hiperamilasemia) podem indicar uma série de doenças, dentre elas:
Causa específica pancreática: pancreatite aguda, lesões, traumas, cálculos, carcinomas e abscessos pancreáticos.
Não pancreáticas: insuficiência renal, neoplasias no pulmão, ovário, mama e cólon, síndrome de Meigs. Associação de ascite, efusão pleural e fibroma de ovário, lesões das glândulas salivares, macroamilasemia.
Distúrbios de origem complexa: doença do trato biliar, eventos intra-abdominal, traumatismo cerebral, queimaduras e choques traumáticos, hiperamilasemia pós-operatório, cetoacidose diabética, transplante renal, alcoolismo agudo, pneumonia e fármacos.
Informações ao profissional de saúde
Técnicas utilizadas
Os principais métodos utilizados são: sacarogênicos, amiloclásticos, cromolitícos e técnicas de monitoração contínua.
Interferentes
a. Resultados falsamente aumentados podem ser causados por: ácido aminosalicílico, ácido etacrínico, grandes quantidades de etanol, aspirina, analgésicos, narcóticos, anticoncepcionais orais, colinérgicos, contrastes radiográficos, corticosteroides, furosemida, rifampicina e tiazídicos.
b. Resultados falsamente reduzidos podem ser causados por: glicose e fluoretos.
c. Pode haver interferência da amilase salivar que pode acontecer em processos que acometem a glândula salivar, como é o caso da caxumba.
Interpretação rebuscada
Os resultados obtidos com as análises de amilase podem indicar diferentes doenças, dependendo do quadro clínico e outros exames complementares pode-se chegar ao diagnóstico.
Pancreatite aguda:
No momento do diagnóstico: contagem de leucócitos >16.000/mm3 ; glicemia >200 mg/dL; lactato-desidrogenase > 2 x normal; ALT (GTP) >6 x normal.
Durante as primeiras 48 horas: diminuição do hematócrito >10%; cálcio sérico <8 mg/ dL; pO2 arterial <60 mm/Hg.
Para o diagnóstico diferencial da pancreatite é interessante solicitar a lipase em conjunto.
Referências bibliográficas
Motta T. V., Bioquímica Clínica para o Laboratório - Princípios e Interpretações. 5° ed. Rio de Janeiro: 2009. MED BOOK - Editora Científica LTDA. cap. 09 p. 91 - 93.
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