GAMA-GLUTAMIL TRANSFERASE (GAMA GT/GGT)
- Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
- 4 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de mai. de 2023
Informações ao paciente
Amostra
Sangue.
Preparo pré-coleta
É necessário um jejum de 8 horas.
Interpretação básica com valores de referência

Valores acima dos de referência são indicativos de lesão no fígado, podendo devido a uma das seguintes condições: hepatite; cirrose; transtorno por uso de álcool; pancreatite; diabetes; insuficiência cardíaca congestiva; efeito colateral de uma droga. Níveis baixos ou normais de GGT indicam que provavelmente não há doença hepática.
Informações ao profissional de saúde
Técnicas utilizadas
Cinético-colorimétrico.
Interferentes
a. Sexo: a atividade da GGT é mais baixa em mulheres que em homens da mesma idade.
b. Gravidez: a atividade da GGT pode ser até 25% menor nas fases iniciais da gravidez.
c. Medicamentos: anticonvulsivantes (ex: fenobarbital, fenitoína e carbamazepina), antianginosos (ex: amiodarona).
d. Anticoagulantes como citrato, fluoreto ou oxalato inibem a atividade da GGT.
Interpretação rebuscada
A gama-glutamil transferase (GAMA GT ou GGT) é uma enzima encontrada dos hepatócitos e nas células epiteliais biliares, sendo um marcador de alta sensibilidade de lesão hepatobiliar, porém, possui baixa especificidade, já que pode estar alterada em diferentes situações, como: uso de medicamentos, álcool e doenças sistêmicas. Geralmente o teste GGT é realizado em conjunto com outros testes de função hepática, como a fosfatase alcalina (ALP), sendo útil para determinar o aumento desta última. Juntos, seus resultados podem mostrar as seguintes situações:
Altos níveis de ALP e altos níveis de GGT significam que os sintomas são provavelmente devidos a um distúrbio hepático e não a um distúrbio ósseo.
Altos níveis de ALP e GGT baixo ou normal significam que é mais provável a presença de um distúrbio ósseo.
Na obstrução hepatobiliar, um conjunto de exames possuem alterações e se tornam compatíveis com a condição, como: GGT e ALP aumentadas, bilirrubina direta aumentada no soro e na urina e ausência de urobilinogênio na urina. Nesse caso, a ALP é um exame complementar, porém caso a obstrução seja intra-hepática, existe uma alta probabilidade de alteração da GGT sem alteração da ALP.
A GGT também é bastante utilizada para o acompanhamento da hepatotoxicidade do álcool, pois é um dos principais marcadores que indicam o uso abusivo de álcool. A mesma, é encontrada na circulação sanguínea de indivíduos que fazem uso constante de bebidas alcoólicas, mesmo sem a lesão hepática.
Referências bibliográficas
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