HEMOGLOBINA GLICADA (HbA1c)
- Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
- 4 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Informações ao paciente
Amostra
Sangue total em EDTA.
Preparo pré-coleta
O jejum não é necessário e a amostra pode ser coletada em qualquer horário do dia.
Interpretação básica com valores de referência

Informações ao profissional de saúde
Técnicas utilizadas
a. Imunoensaio de inibição turbidimétrica
b. HPLC Troca iônica
c. HPLC Cromatografia de afinidade
Interferentes
a. Situações que interferem na meia-vida das hemácias (ex: anemia hemolítica e estados hemorrágicos);
b. Anemia por carência de ferro, vitamina B12 ou folato;
c. Grandes quantidades de vitaminas C e E;
d. Elevadas quantidades de ácido acetilsalicílico;
e. Hipertrigliceridemia;
f. Hiperbilirrubinemia;
g. Uremia;
h. Alcoolismo crônico;
i. Ingestão crônica de opiáceos;
j. Pacientes portadores de hemoglobina variante heterozigótica;
k. Hemoglobinopatias homozigóticas;
l. Presença da base de Schiff.
Interpretação rebuscada
A HbA1C é uma forma indireta de medição da glicose e reflete os níveis glicêmicos do paciente dos últimos 3 a 4 meses, além de sofrer uma menor variabilidade do dia a dia e não depender do jejum para a determinação. Durante muito tempo a determinação da glicemia foi utilizada como o critério diagnóstico de diabetes, sendo a HbA1C apenas um parâmetro de acompanhamento. No entanto, atualmente, o uso HbA1C também é recomendado para o diagnóstico, sendo valores iguais ou maiores que 6,5% o critério para o diagnóstico de diabetes.
Em conjunto com a HbA1C também se utiliza o parâmetro de glicemia média estimada (GME), que consiste na seguinte equação matemática, obtida por vários estudos: glicose média estimada (mg/dL) = 28,7 x A1C - 46,7. Assim, é possível a partir do valor de HbA1C, estimar a glicemia média do paciente no período.
Para um laudo mais seguro, recomenda-se a realização, em conjunto, de outros exames como glicemia em jejum e teste oral de tolerância à glicose (TOTG). Além disso, a HbA1c sofre interferência de de hemoglobinopatias e anemias, nestes casos, o acompanhamento mais adequado se dá através da frutosamina.

Referências bibliográficas
Cobas R, Rodacki M, Giacaglia L, Calliari L, Noronha R, Valerio C, Custódio J, Santos R, Zajdenverg L, Gabbay G, Bercoluci M. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-2, ISBN: 978-65-5941-622-6.
NETTO, Augusto Pimazoni et al. Atualização sobre hemoglobina glicada (HbA1C) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnóstico do diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, [S.L.], v. 45, n. 1, p. 31-48, fev. 2009. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1676-24442009000100007.
Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. São Paulo: Editora Clannad; 2020. 455p
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