top of page

ÁCIDO FÓLICO

  • Foto do escritor: Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
    Liga Acadêmica de Análises Clínicas UFC
  • 2 de out. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de out. de 2022

Informações ao paciente

  • Amostra

Soro ou sangue total (EDTA ou heparina).


  • Preparo pré-coleta

Jejum recomendado de 8 horas.


  • Interpretação básica com valores de referência

    1. Folato em Soro: 2,6 a 12,2 μg/L (6 a 28 nmol/L)

    2. Folato eritrocitário: 103 a 411 μg/L (237 a 945 nmol/L)


Obs: A deficiência bioquímica foi definida por uma concentração <1,4 μg/L (<3,2 nmol/L) de folato no soro e <110 μg/L (<253 nmol/L) para o folato eritrocitário.



Informações ao profissional de saúde

  • Técnicas utilizadas

Quimioluminescência.


  • Interferentes

    1. Amostras hemolisadas produzem resultados falsamente elevados.

    2. O uso de anticontraceptivos orais produzem níveis séricos mais baixos.

    3. A deficiência grave de ferro pode mascarar a deficiência grave de folatos.

    4. A dieta pode ainda mascarar a deficiência de ácido fólico em pacientes deficientes de forma temporária.

    5. O uso dos antibióticos sulfametoxazol + trimetroprima pode alterar esse parâmetro.


  • Interpretação rebuscada

Folato é o nome genérico de compostos relacionados ao ácido fólico (ácido pteroilglutâmico). Sua função mais importante é a síntese de purinas e pirimidinas, que são necessárias para a formação de ácido desoxirribonucleico. Ele também é importante para a maturação dos eritrócitos. Mais da metade do conteúdo de folato nos alimentos é perdida durante o cozimento. A deficiência causa anemia megaloblástica e leucopenia. A gravidez provoca o aumento da demanda sobre a reserva de folato, causado por aumento de síntese de DNA e reações de transferência de um carbono, e baixas concentrações de folato sérico na gravidez estão associadas a efeitos adversos. Além disso, muitos estudos observacionais confirmaram uma redução no risco do tubo neural com suplementação de ácido fólico periconcepcional.

A deficiência de folato pode resultar da ausência de microrganismos intestinais (esterilização do intestino), da má absorção intestinal (p. ex., após ressecção cirúrgica ou na doença celíaca), da ingestão alimentar insuficiente (incluindo alcoolismo crônico), de demandas excessivas, como em gravidez, doença hepática e malignidades, da administração de drogas antifolato (p. ex., metotrexato) e da terapia anticonvulsivante (levando ao aumento da exigência de ácido fólico, especialmente durante a gravidez). Anemia megaloblástica (caracterizada pela presença de hemácias grandes e anormalmente nucleadas na medula óssea) é a principal manifestação clínica da deficiência de folato, embora perda sensorial e alterações neuropsíquicas possam ocorrer também.

O estado do folato pode ser avaliado de forma confiável por medição direta de soro, eritrócitos ou concentrações de sangue total. Porém as concentrações de ácido fólico do soro são consideradas indicativas de ingestão recente, não de armazenamento tecidual, mas medições em série têm sido usadas para confirmar a ingestão adequada. Concentrações de ácido fólico em sangue total ou em eritrócitos são mais indicativas de reserva no tecido e acredita-se que tenham uma correlação moderada com concentrações de folato hepático.



Referências bibliográficas

BURTIS, C. A.; BRUNS, D. E. Tietz Fundamentos de química clínica e diagnóstico molecular. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.


MCPHERSON, R. A. & PINCUS, M. R. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 21. ed. Barueri, SP: Manole, 2012.

Comments


bottom of page